quinta-feira, 1 de julho de 2010

Simplesmente Eu

Posso ser rosa em tom ou narciso camuflado
Posso ser névoa que cai no orvalho mais cansado
Posso ser cobre e ferro, forte e desgarrado
Posso ser aurora em prosa ou crepúsculo em luz

Posso ser a mais bela canção na melodia mais calma
Posso ser melancólica,
Alegre,


Triste,


Vibrante …


Posso ser felina como posso ser frágil
Posso ser batuta que enternece ou que encanta
Posso ser piano que cria em si a sua arte
Ser voz que entoa o refrão perfeito…


Com a quimera de uma pauta outrora exaltada
Posso ser mar bravo no Outono mais fulgente
Como posso ser pequena fonte que envolve o rio onde jaz fluente
Posso ser uma imensidão de terras ou o vale mais alto


Como posso ser apenas um ser sublime


Especial…


Que com um leve traço marca a essência que o vê
Na sombra mais ténue que se pretende guardar
A musa mais formosa que já soube cotar
O timbre fino no verbo que seduz


A poesia ensaiada em vários momentos
Como promessa que enfraquece o sonho com ousadia
Seguindo cada estrofe
Posso ser quase tudo ou quase nada


E somente ser EU

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